Filhos que seguem o exemplo dos pais, pais que entram no esporte pelos filhos, como pais e filhos que atuam no futebol de Mogi lidam com esta situação
Na semana do Dia dos Pais reunimos alguns dos principais pais e filhos que se uniram, pelo exemplo ou por apoio, e entraram no cenário do futebol de Mogi das Cruzes. Colaboraram nesta matéria Valmir Guedes (Ousadia), Anderson Marcelino (Jundiapeba), Douglas Toledo (Trindade), Maranguape (Santa Tereza), Filipe Cruz (Meninos da Vila), Sandro Vyanna (GTAF), Reginaldo Militão (ECAM Placidina), Sandro Sampaio (Bom de Bola) e William Casanova (Mogi EC).
Para Valmir Guedes, do time Ousadia e Alegria de Jundiapeba, a filha Ahlice acabou seguindo os passos do pai, pois ela acompanhava-o nos jogos e acabou pegando gosto pelo esporte e querendo cada vez mais ser participativa. A partir deste momento os papéis se inverteram e o pai passou a acompanhar a filha. Hoje ela é atleta do Jundiapeba FC e participa do campeonato da Associação de Clubes de Mogi das Cruzes. O relacionamento dentro e fora de campo é total cumplicidade, apoio e muito orgulho. "Me sinto honrado por ser pai da Ahlice e de meu filho também, ambos são tudo o que sempre quis", comenta Valmir Guedes.
Bem próximo está Anderson Marcelino, do Jundiapeba FC, pai de Giovana Marcelino, atleta do Jundiapeba FC e também do Centro Olímpico em São Paulo. Giovana também seguiu os passos do pai adquirindo o gosto ao vê-lo jogar, o passo seguinte foi o pai começar um time por causa dela, motivo principal pelo Jundiapeba FC ter sido criado. "Nosso relacionamento é ótimo, melhor impossível, ela me escuta, é uma filha exemplar", comenta Anderson.
Para Douglas Toledo do Trindade, a trajetória do time é lado a lado ao filho, pois ambos nasceram no mesmo ano. Desde os 2 anos, Cadu entrou no universo do futebol. Pai e filho atuam junto dentro do time do Trindade com Cadu sempre acompanhando e ajudando nos jogos dos adultos, a retribuição foi feita este ano com a criação da categoria sub 11 do Trindade para que o filho pudesse jogar. "Somos uma família bem ligada ao esporte, sempre vamos juntos", comenta Douglas.
Milton Cesar, ou melhor Maranguape, técnico do Santa Tereza, conta com o apoio dos filhos dentro e fora de campo. Lucas atua como atleta do Santa Tereza e Paulinho ajuda o pai na comissão técnica. "Nos tratamos com muito respeito, sempre fui a inspiração para eles", comenta Maranguape.
Sem cobrança, de forma natural, Filipe Cruz seguiu os passos do pai, Osvaldo Cruz, que já teve um time no bairro da Penha e chegou a jogar no sub 20 do União, nos anos 80. Filipe chegou a tentar a carreira de jogador mas não conseguiu e aos 17 anos iniciou a faculdade de Educação Física e decidiu que teria a sua própria escola de futebol, que hoje conta com o apoio do pai dentro da Escola de Futebol Meninos da Vila. "Meu pai nunca foi daqueles que gritam muito ou que acham que o filho é o melhor. Sempre foi pé no chão e me dava muitos conselhos e nunca tomo uma decisão sem antes consultar a opinião dele. Ele é um excelente pai, me motiva todos os dias e me auxilia no que preciso. Nosso relacionamento é muito bom dentro e fora de campo", diz Filipe Cruz.
Para Sandro Vyanna, do GTAF Brasil, os filhos o acompanharam até os 9 anos, depois passaram a ser atletas do pai sempre atuando nos times em que ele comandou até hoje. "Temos respeito, acontecem brigas mas de atleta e técnico apenas, fora de campo são filhos exemplares, com muito amor e cumplicidade. Tenho orgulho de ser pai não só deles e sim também pelos 500 atletas que passaram por mim", comentou Sandro.
Quando seu filho Matheus nasceu, Reginaldo Militão do ECAM Placidina, já trabalhava com futebol, fazendo parte do time profissional do Atlético Mogi. Matheus sempre acompanhou o pai vindo a participar dos treinos e campeonatos pelo ECAM. "Sempre fui um pai muito exigente com todos os meus filhos, mas também muito amigo. Acompanho-os em tudo, desde idas ao médico, jogos, diversão,bem como também no acompanhamento escolar", comenta Militão.
Quando João Lopes nasceu, Sandro Sampaio, da escola de futebol Bom de Bola, jogava no Nautico, no Recife, mas sem muita oportunidade e investimento acabou deixando o clube. Com 4 anos João já começou em escolinhas e hoje joga no Suzano Futsal e Bom de Bola, time criado por Sandro, que teve inicio apenas para treino próprio e dos filhos, João e Enellym, e cada semana surgia um novo atleta e hoje conta com aproximadamente 100 crianças no projeto. "Nosso relacionamento é de muito amor, meu filho, meu amigo verdadeiro, minha família, minha base", destaca Sandro.
Como parou cedo de jogar, William Casanova acompanhou o filho desde seus primeiros toques na bola, durante sua carreira no Mogi Esporte Clube, Portuguesa e demais clubes onde Renato Casanova atuou. "Temos um ótimo relacionamento, somos amigos dentro e fora dos campos, e por ser envolvido no esporte eu sei bem como motivá-lo quando está jogando e respeitar os seus limites", comenta William.
Muitos pais são exemplos para seus filhos, muitos filhos dão um ânimo a mais aos pais para voltarem ao esporte. Respeito, amizade, cada um aceitando o limite do outro, apoio, incentivo, são características fundamentais para o convívio sadio, pois o esporte deve ser usado como forma de união entre as pessoas. Nossa homenagem à todos os pais do futebol mogiano.